Aprendizagem móvel é tema de evento no Recife
Coordenador do 5o Simpósio de Hipertexto e Tecnologias diz que é hora de parar de lutar contra o celular em sala
por Vinícius Bopprê 9 de outubro de 2013
O 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e o 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias, que vai acontecer entre os dias 13 e 15 de novembro, na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), em Recife, terá como tema a aprendizagem móvel dentro e fora de sala de aula. Ao longo dos três dias de evento, serão realizados debates, palestras, conferências e oficinas para expor e discutir conceitos teóricos e experiências práticas sobre três eixos temáticos: a linguagem, a aprendizagem e a tecnologia.
Para Antônio Carlos Xavier, professor da UFPE e coordenador do simpósio, chegou a hora de o professor parar de lutar contra o uso dos dispositivos móveis em sala de aula para planejar atividades em que os estudantes utilizem estes aparelhos pedagogicamente, tanto dentro quanto fora da escola. Segundo ele, discussões como as que serão levantadas durante o evento estimulam os docentes a usarem a criatividade para desenvolver atividades interessantes e instigantes com o uso de celulares e tablets. Essas atividades podem ir desde uma breve pesquisa sobre o assunto que estão estudando até a gravação de entrevistas em audio e vídeo pelos próprios alunos para discutir os temas abordados em classe.
“Entre nossos objetivos estão a construção de um diálogo entre pesquisadores da área e professores dos ensinos fundamental e médio, para que eles possam encontrar subsídios teóricos e pedagógicos que possibilitem suas práticas frente aos estudantes de diferentes níveis de escolaridade”, explica Xavier. Para isso, o evento reúne nomes importantes, como o professor da Hunter College e doutor norte-americano Jim Lengel que, além de consultor de diferentes organizações, como a Universidade de Harvard e a Apple, é autor de diversos livros sobre educação e comunicação e vai palestrar às 9h15 do primeiro dia do evento.
Entre os estrangeiros também estão Ana Amélia Carvalho, professora doutora da Universidade de Coimbra e pesquisadora da área de jogos e aprendizagem móvel, que fala às 11h30 do dia 14, e Stephane Simonian, professor doutor da Universidade de Lyon, que vai falar sobre a influência do hipertexto nos processos cognitivos e metacongnitivos, às 17h do mesmo dia. Luciano Meira, professor e doutor da Universidade Federal de Pernambuco, vai falar sobre as competições colaborativas baseadas em games e redes sociais em plataforma Web, das 17h às 18h do dia 13, e o professor doutor José Manuel Moran, da Universidade de São Paulo, vai abordar os novos desafios da educação, às 11h do último dia do simpósio.
Algumas das outras atividades ainda não estão com horários definidos. No entanto, as oficinas já têm hora marcada para os dias 13 e 14, das 18h às 19h30. As quatro que ainda têm vagas são: metodologia webquest para utilizar os recursos e motivar os alunos; políticas de mobilidade digital nas escolas; uso de celular em salas de línguas; e softwares livres na educação.
Os valores para se inscrever no simpósio variam de R$ 80 para inscrição de ouvintes e R$ 200 para quem vai apresentar um trabalho. Vale lembrar que os trabalhos apresentados por docentes e pesquisadores que tiverem a qualidade reconhecida serão publicados nos anais on-line e disponibilizados para consulta pública pela internet. Para quem deseja participar de oficinas esses preços sobem para R$ 140 e R$ 260. Para mais informações e inscrições acesse o site do evento.