Cultura de paz: 5 pontos de atenção para as escolas
Guia do Porvir traz uma série de recomendações e referências para educadores e escolas
por Vinícius de Oliveira 10 de janeiro de 2024
A promoção da cultura de paz é um dos pontos que todos aqueles envolvidos no processo educacional devem estar atentos para formar cidadãos conscientes e comprometidos com uma sociedade justa e pacífica. Isso envolve incentivar valores como respeito, empatia, tolerância e cooperação, essenciais para estabelecer um ambiente escolar seguro e acolhedor.
📳 Inscreva-se no canal do Porvir no WhatsApp para receber nossas novidades
Comportamentos prejudiciais online e em sala de aula, que não estão em sintonia com esses valores, podem impactar negativamente o clima e a aprendizagem escolar. Bullying, cyberbullying e discriminação, por exemplo, geram medo e ansiedade, prejudicando o aprendizado. Essas atitudes também podem resultar em isolamento social e baixa autoestima.
Abaixo, listamos 5 violências comuns em escolas (conteúdo extraído do guia especial “Escola Livre de Ódio”), que devem ser motivo de atenção por parte da gestão escolar e de educadores em sala de aula.
Insinuações e comentários sobre o corpo de outros alunos
Como se manifesta: repúdio, aversão ou preconceito contra pessoas gordas. A gordofobia é um estigma estrutural e cultural que pode se manifestar a partir de falas, atitudes, humilhações e representações negativas de corpos gordos. Esses comportamentos podem reforçar estereótipos e preconceitos que colocam a pessoa gorda em situações de exclusão social e de constrangimento.
Zombaria contra alunos LGBTQIAP+
Como se manifesta: ato, manifestação de ódio, preconceito, discriminação ou aversão contra pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais e outros grupos. O termo é usado para abarcar diferentes formas de violência contra a comunidade LGBTQIAP+ em que a motivação principal é a sua identidade de gênero ou orientação sexual.
Relacionadas
O que a ‘geração do quarto’ tem a ver com os ataques às escolas?
Como se propaga o ódio nas escolas?
Por que o extremismo atrai adolescentes?
Listas que sexualizam e ofendem meninas, em grupos e redes sociais
Como se manifesta: ódio ou aversão às mulheres que pode ser manifestado de diferentes formas, como a exclusão social, intimidação, silenciamento de opiniões e violência verbal, física, psicológica, moral, patrimonial e sexual. A misoginia é causada por uma cultura machista e sexista que reforça uma ideia de superioridade masculina.
Xingamento com termos racistas, como “macaco”
Como se manifesta: crença ou convicção de superioridade que distingue, exclui, restringe e dá preferência a uma pessoa ou um grupo com base na sua raça, cor, descendência ou origem nacional e étnica. O racismo gera desigualdades, adoecimento psíquico, problemas de aprendizagem e diversas formas de violência que impactam a qualidade e a expectativa de vida da população não branca.
Desenho de suástica na mesa ou lousa
Como se manifesta: reprodução de símbolos e ideais nazistas aplicados ao contexto atual. Baseado na defesa da supremacia racial e em uma visão de mundo deturpada, o neonazismo promove o ódio contra negros, judeus, homossexuais, feministas e outros grupos.
O guia especial “Escola Livre de Ódio” traz recursos, boas práticas e experiências inspiradoras para que escolas desenvolvam seus processos com o objetivo de vivenciar uma cultura de paz. Acesse agora mesmo a seção “Como reconhecer as violências”.
Assista ao webinário de lançamento do guia. O debate contou com a participação de Mariana Ochs, coordenadora de educação midiática do Instituto Palavra Aberta; Rooney Marcos Santos, professor da rede pública estadual de Sergipe e coordenador do projeto “Observa! Observatório de Fake News”, no Atheneu Sergipense, e Hugo Monteiro Ferreira, neuropsicólogo e autor do livro “A geração do quarto: quando crianças e adolescentes nos ensinam a amar” (Editora Record).