Crise e ideologia levam famílias de classe média de volta à escola pública
por Redação 29 de dezembro de 2015
A matéria traz exemplos de famílias que em função da crise econômica ou por questões ideológicas ligadas a convicções pessoais – como a busca por um ambiente educacional mais inclusivo e diverso – decidiram colocar os filhos em escolas públicas. A maioria busca, como era de se esperar, escolas de referência ou que tenham altas notas nos sistemas de avaliação da rede pública.
Para alguns críticos, o risco é que esse movimento amplie a competição por recursos limitados, reduzindo a chance dos mais pobres conseguirem vagas em creches (que são limitadas) e nas escolas de melhor qualidade. Para Maria do Pilar Lacerda, ex-secretária de educação básica do MEC, porém, o efeito seria um aumento da pressão por melhorias rápidas no sistema. “No Brasil temos muitas crianças pobres cujos pais não estudaram. E em muitos casos, esses pais não têm repertório para participar dos debates sobre as mudanças nas escolas, nem sabem como pressionar por melhorias. A volta da classe média à escola pública tenderia a ajudar nesse ponto, o que pode ser um efeito inusitado da crise econômica”, defende a ex-secretária.
Leia a matéria original em BBC Brasil