Pedagoga busca apoio para plataforma de projetos educacionais - PORVIR
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Como Inovar

Pedagoga busca apoio para plataforma de projetos educacionais

Projeto Educacional Contemporâneo (PEC), anunciado no site Catarse, sugere atividades a professores da educação infantil e ensino fundamental

por Maria Victória Oliveira ilustração relógio 27 de outubro de 2015

Para abordar os objetivos do milênio com crianças e sugerir atividades que façam sentido para os pequenos, a pedagoga Vanessa Yosioka Collacio criou o PEC – Projeto Educacional Contemporâneo. Trata-se de uma plataforma aberta para compartilhamento de projetos e conteúdos educacionais, voltada principalmente para professores da educação infantil e do ensino fundamental, que atuem na educação integral. Para tirar a ideia do papel e alcançar a sala de aula, Vanessa inscreveu o projeto no Catarse, site de financiamento coletivo.

Segundo ela, a ideia de criar uma plataforma de compartilhamento de conteúdos educacionais surgiu a partir de suas experiências como professora. Apesar de passarem mais tempo na escola, as atividades nem sempre faziam sentido. “No período da manhã, os alunos estudam e a tarde ficam ociosos ou fazendo atividades que não têm muito sentido”, defende a pedagoga. “Outro objetivo da plataforma é mostrar aos professores que essa temáticas de alta relevância social, como os objetivos do desenvolvimento sustentável, são possíveis sim de serem desenvolvidas com as crianças de uma forma prazerosa e lúdica, utilizando os instrumentos que já estão disponíveis”.

Como funciona

O PEC pretende funcionar da seguinte maneira: a partir de oito grandes temas – como alimentação, desenvolvimento urbano (água, lixo e mobilidade urbana, dentre outros), a relação entre seres vivos e pessoas e educação para todos –, ela desenvolveu ideias de planos de aula para serem aplicados dentro e fora da sala de aula.

As propostas para educação infantil, por exemplo, contemplam atividades diversificadas, como brincadeiras, cantigas populares, faz de conta, exploração e manipulação de objetos. O conteúdo para o ensino fundamental é voltado à análise e produção de mídia para proporcionar vivências criativas. “Dentro dos projetos, eu sugiro ferramentas e plataformas educativas para os professores trabalharem com os alunos. Por exemplo, uma ferramenta que ajuda a desenvolver infográficos, ou até mesmo aplicativos no celular. Os alunos podem usar os aparelhos para fazer uma atividade de mapeamento do bairro, usando o celular para fotografar e entrevistar moradores”.

Vanessa explica ainda que, para começar cada projeto, ela propõe o desenvolvimento de um mapa mental. “As crianças já trazem conhecimentos prévios sobre os temas que serão desenvolvidos em sala de aula.

A intenção é que o professor use esses conhecimentos para realização das atividades, organizando tudo em um mapa mental, com ideias e vivências dos alunos”.

Vanessa considera o PEC um pontapé inicial para que educadores possam criar, reformular e desenvolver outras práticas, auxiliando também no protagonismo dos alunos. “A maioria das atividades realizadas hoje nas escolas é trazida pronta pelo professor. Com o PEC, os alunos e professores vão desenvolver as propostas juntos. É importante tirar a criança de dentro do sistema tradicional que já não comporta suas necessidades”.

Como rentabilizar a plataforma?

Para rentabilizar o projeto, Vanessa teve a ideia de criar uma oficina de cocriação de projetos com professores do ensino fundamental 2, além de ministrar cursos online para professores desde a educação infantil até o ensino médio. “A princípio, quem vai ministrar o curso sou eu. Mas espero que o projeto cresça e eu possa contar com facilitadores”. Para solucionar o problema do baixo orçamento nas mãos de gestores de escolas públicas, Vanessa promete oferecer a essas cursos gratuitos toda vez que garantir um cliente da rede privada.

A campanha de financiamento coletivo do PEC vai até o dia 17 de novembro. Os interessados podem contribuir nesse link, com valores de R$ 15 até R$ 1000.


TAGS

aprendizagem baseada em projetos, competências para o século 21, educação infantil, ensino fundamental, financiamento coletivo, sustentabilidade

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