Porvir 6 anos: de onde viemos e para onde vamos
Veja como apoiamos a entrada de inovações na educação brasileira e adaptamos nossa cobertura desde 2012
por Marina Lopes / Vinícius de Oliveira 28 de abril de 2018
Tudo começou com uma convicção: “o futuro se aprende”. Há seis anos, em 28 de abril de 2012, o Porvir deu seu primeiro passo. A apresentação de tendências para inovação, metodologias e uso de tecnologia, que antes era puxada por termos em inglês e experiências estrangeiras, aos poucos começou a falar português para estreitar sua relação com o educador brasileiro, no contexto em que ele está. Essa era a nossa missão.
Durante os nossos primeiros dois anos, propusemos um novo debate sobre a educação. Falamos de aulas gratuitas pela internet, de maneiras de combinar o online com o offline e dos efeitos para o aprendizado quando alunos estudavam o conteúdo em casa, antes da explicação do professor. Descobrimos e apresentamos um vasto universo de práticas e soluções criativas com potencial para transformar a educação.
Além da discussão online, era necessário reunir todos os atores da educação para que houvesse um alinhamento em torno da causa da inovação. Em 2012, isso foi materializado com a Série de Diálogos. No ano seguinte, veio o Transformar Educação, evento que organizamos junto com a Fundação Lemann e o Instituto Península, que reúne as principais referências em empreendedorismo, gestão e práticas pedagógicas.
Em 2014, para apoiar a formação de quem se interessa em colocar em práticas as inovações mapeadas, produzimos materiais orientadores sobre tendências na área de educação. Os primeiros temas que exploramos foram personalização do ensino, apresentando o conceito, exemplos e dicas de como colocar o aluno no centro. Também falamos das habilidades socioemocionais, explicando o que são e como desenvolver competências voltadas para a preparação dos alunos para enfrentar os desafios do século 21.
No mesmo ano, com o objetivo de construir uma ponte entre as inovações e o que acontecia na sala de aula, lançamos a seção Diário de Inovações. O primeiro relato, escrito pela professora Gislaine Munhoz, de São Paulo (SP), foi ao ar no dia 14 de outubro de 2014, contando como ela tinha incentivado os alunos a programarem e criarem seus próprios jogos. De lá para cá, já foram mais de 160 relatos publicados.
2015 foi o ano de consolidar as recomendações e experiências para transformar a maneira como se ensina e aprende a partir do uso de ferramentas digitais. Depois de muito falar sobre o uso de tecnologia e como isso pode garantir maior equidade, qualidade e contemporaneidade na educação, lançamos um novo guia temático.
Se de um lado a tecnologia também se mostrava uma tendência forte e consolidada nas escolas, do outro, a educação Mão na Massa começava a ganhar força em 2016, com a busca por um a aprendizado mais significativo e um resgate ao fazer, esquecido no jardim da infância. Para explorar esse tema, produzimos um guia temático que abordou o que muda quando o aprendizado passa pelas mãos a partir de diferentes experiências que conhecemos.
No final deste ano, também identificamos que os debates educacionais costumavam deixar de fora os maiores interessados na transformação das suas escolas: os próprios estudantes. Para entender como os jovens avaliam a sua escola e como seria a escola dos sonhos, lançamos a pesquisa “Nossa Escola em (Re)Construção”, que ouviu 132 mil jovens brasileiros de 13 a 21 anos, em 2016. Hoje ela é uma ferramenta aberta que exibe os resultados em tempo real, além de oferecer relatórios personalizados para escolas e redes.
Com a repercussão da pesquisa, percebendo que esse tema começou a ganhar cada vez mais importância na agenda educacional. Por isso, idealizamos o especial Participação dos Estudantes na Escola, que mostrou como promover uma cultura de participação capaz de ampliar o engajamento, promover a aprendizagem, melhorar a educação e contribuir para a democracia.
Em 2018, seguindo o movimento de aproximação com a escola e a implementação de inovações educacionais, começamos os primeiros ensaios para formar multiplicadores de nossos conteúdos. Também apoiamos que a voz do jovem se manifeste em eventos de parceiros, como no foi o caso do Educação 360, no Rio de Janeiro, e continuamos a acompanhar os desdobramentos da Base Nacional Comum Curricular.
São seis anos de atuação. Se fôssemos um aluno, estaríamos dando os primeiros passos no ensino fundamental, avançando na alfabetização. E tal como os alunos, a razão de existir do Porvir, continuamos aprendendo. Afinal, o futuro se aprende – todos os dias, todos os meses, todos os anos.