Prêmio de R$ 50 mil incentivará a produção de vídeos educativos
Com uma premiação total de R$ 150 mil, Talentos que Educam vai selecionar três educadores e produtores independentes para gravar curtas metragens e participar de formações
por Marina Lopes 29 de abril de 2016
Os vídeos podem ter grande potencial para democratizar o acesso ao conhecimento. Para incentivar a produção de conteúdos educativos e culturais, a ProjectHub e a BIC lançaram hoje (29) o concurso Talentos que Educam. Com um prêmio de R$ 50 mil, a iniciativa irá apoiar projetos audiovisuais de educadores e produtores independentes.
Até o dia 19 de junho, os interessados em produzir materiais audiovisuais deverão se inscrever pelo site e enviar um vídeo de até três minutos dentro das seguintes temáticas: literatura e geografia brasileira, tecnologia e história do Brasil ou música e língua portuguesa. A ideia é que as produções audiovisuais possam explorar as relações entre cultura e educação.
Os vídeos enviados serão avaliados por uma comissão julgadora, que irá selecionar três vencedores. Além do prêmio em dinheiro, que deverá ser utilizado para a produção de dez curtas metragens, os ganhadores ainda vão participar de oficinas audiovisuais para qualificar a sua produção do conteúdo.
Para inspirar os participantes da iniciativa, que conta com o apoio do Porvir, os professores youtubers Ivys Urquiza, do canal Física Total, e Rafael Procópio, do canal Matemática Rio, compartilham suas experiências adquiridas a partir da produção de materiais audiovisuais, durante o evento de lançamento do Talentos que Educam, realizado em São Paulo, no Teatro Eva Hertz.
“A internet muda tudo”, afirmou Urquiza, que administra um canal no YouTube com mais de 177 mil inscritos. De acordo com ele, para conseguir atingir os estudantes em produções audiovisuais o educador deve ter repertório e ser um bom comunicador. “É muito diferente falar para a plateia e falar para um ponto vermelho”, contou.
Incentivando que os educadores se inscrevam no concurso e comecem a produzir conteúdos, Procópio, do canal Matemática Rio, com mais de 317 mil inscritos, mencionou que os vídeos podem atingir alunos de diversos locais do país. A cineasta Laís Bodansky, uma das diretoras da série de documentários Educação.doc, também destacou o potencial do audiovisual, ao mencionar que a narrativa e a emoção precedem a curiosidade das pessoas por um determinado assunto.
“Talentos que Educam mostram que os dois lados [educadores e alunos] têm um potencial gigante de transformar o Brasil e fazer as coisas acontecerem”, afirmou o jornalista e criador do Caindo no Brasil, Caio Dib, um dos curadores do concurso. Durante lançamento, ele e os outros convidados também discutiram sobre como as novas tecnologias estão transformando a educação. “A era que a gente vive é a era da aprendizagem permanente”, destacou o jornalista e educador Gilberto Dimenstein, coordenador do Catraca Livre.