Conheça os vencedores da 2ª edição do Prêmio Professor Porvir - PORVIR

Inovações em Educação

Conheça os vencedores da 2ª edição do Prêmio Professor Porvir

Confira a lista completa dos vencedores desta edição. Em maio eles participam do Encontro com o Porvir, em São Paulo

por Ruam Oliveira ilustração relógio 10 de março de 2025

Chegou a hora de conhecer os grandes vencedores da 2ª edição do Prêmio Professor Porvir! A premiação reconhece práticas inovadoras na educação básica brasileira, focadas na conexão com a realidade dos estudantes e das escolas onde são implementadas. 

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Entre junho e dezembro de 2024, o prêmio recebeu 951 projetos de educadores de todos os estados, que abordam temas alinhados à cobertura diária do Porvir. Após um processo de seleção criterioso, 30 finalistas foram escolhidos e tiveram suas práticas publicadas no site.

Os relatos publicados concorreram em diferentes categorias:

  1. Etapas de ensino: educação infantil, ensino fundamental – anos iniciais, ensino fundamental – anos finais, e ensino médio
  2. Categorias especiais:  educação antirracista, educação financeira, educação socioemocional, metodologias ativas e tecnologia
  3. Votação popular: realizada durante o mês de fevereiro de 2025, o público teve a oportunidade de escolher seu projeto favorito entre os finalistas. Foram 24.434 votos!

“O Prêmio Professor Porvir consolida o trabalho que o Porvir vem fazendo em seus diferentes canais para valorizar educadores que criam práticas pedagógicas inovadoras, criativas e alinhadas às necessidades reais das escolas brasileiras. Estamos muito felizes em novamente poder reconhecer 12 educadores que representam muitos outros professores comprometidos com a transformação da educação no Brasil”, afirma Tatiana Klix, diretora do Porvir.

Todos os premiados, de todas as categorias, serão contemplados com: 

📙 Um livro digital que reúne os relatos dos projetos vencedores
 
🎟️ Convite especial para o “Encontro com o Porvir”, evento anual que reúne educadores, especialistas e entusiastas da educação, que acontecerá em 21 de junho de 2025.
 
✈️ Passagem e hospedagem em São Paulo com todas as despesas pagas 
 
🏅 Selo “Professor Porvir”, tornando-se influenciador da educação

E mais: a terceira edição do Prêmio Professor Porvir será anunciada em breve. Aguarde!

A 2ª edição do Prêmio Professor Porvir contou com o apoio de Wings (na categoria Metodologias Ativas) e Nubank (na categoria Educação Financeira).

Confira abaixo os vencedores desta edição:

Educação infantil 

Vencedora: Zilda Alves
Centro de Educação Infantil Professora Teresa Sabel de Araújo
Blumenau (SC)

Leia o relato: Crianças recorrem à cultura indígena para conhecer ciclo de vida das abelhas

Resumo: Professora em Blumenau (SC) aproxima turma do CEI (Centro de Educação Infantil) à comunidade indígena Xokleng, despertando encantamento pelos saberes ancestrais.

Opinião do júri: “A professora foi bastante criativa na forma de estabelecer a comunicação entre sua escola, turma de crianças e a comunidade indígena (povo Kokleng), que fica a 94 km da escola e obter a participação (a distância) de liderança desse povo”, comenta Vital Didonet, mestre em educação, com especialização em educação infantil.

Ensino fundamental – anos iniciais 

Vencedor: Sebastião da Silva Vieira
Escola Jaime Gonçalves Bold
Paulista (PE)

Leia o relato: Turma do 5º ano usa micro:bit para criar casas inteligentes

Resumo: Direto de Paulista (PE), professor une robótica, materiais recicláveis e tecnologia para debater os ODS e ampliar o protagonismo dos estudantes.

Opinião do Júri: “Adorei a maneira como ele pontuou que a participação da escola com poucos recursos foi possível a partir da vontade do professor de transformar. Gostei muito de ver como o projeto é inclusivo e mão na massa”, apontou Letícia Lyle, diretora da Camino School e conselheira do Porvir.

Ensino fundamental – anos finais 

Vencedores: Gisele Andrade da Silva e Luiz Carlos Silva Junior 
Escola Municipal Canabrava
Flores de Goiás (GO) e Goiânia (GO)

Leia o relato: Escola quilombola recria jogo de xadrez com personagens históricos para valorizar a ancestralidade

Resumo: O jogo é adaptado para contar a história dos quilombos em Goiás, trazendo protagonismo e conexão cultural aos estudantes de classe multisseriada da Escola Municipal Canabrava.

Opinião do júri: “O projeto apresenta uma proposta original e provocadora, que reinventa o jogo de xadrez ao deslocar seu lugar simbólico e narrativo para se conectar com a cultura, a realidade e a ancestralidade do território em que está situado. A reconfiguração dos personagens, com uma revisão da narrativa colonial, promove a valorização de povos historicamente vulnerabilizados, como negros, indígenas e mulheres, gerando reflexões importantes sobre representatividade e histórias que precisam ser contadas”, diz Gabriel Salgado, gerente de projetos no Instituto Alana.

Ensino médio

Vencedor: João Paulo Santos da Silva
ECIT (Escola Cidadã Integral Técnica) Jornalista José Itamar da Rocha Cândido
Cuité (PB)

Leia o relato: Com celulares, estudantes produzem guia de identificação de aves da caatinga

Resumo: Estudantes do ensino médio em Cuité (PB) usaram celulares para fotografar e identificar aves da Caatinga, promovendo a conscientização ambiental. O projeto resultou na criação de um guia visual e fortaleceu o engajamento na preservação da biodiversidade local.

Opinião do júri: “É uma sequência de atividades muito bem estruturada e implementada, com etapas bem definidas, boa fundamentação conceitual e metodológica, cuidado para promover a participação efetiva dos estudantes, uso potente dos dispositivos móveis (pode inspirar outras práticas, nesse momento em que o uso dos celulares foi proibido para fins não pedagógicos no Brasil). Intencionalidade pedagógica clara, grande potencial de mobilizar competências cognitivas e socioemocionais, forte articulação com o currículo e com questões próprias do território”, destacou Paulo Andrade, pesquisador e presidente do Instituto iungo

Categorias especiais 

Educação socioemocional

Vencedora: Ana Paula Belmino Duarte
EMEF. Prof. Tibério Justo da Silva
São Roque (SP)

Leia o relato: Teatro ajuda estudantes a debater bullying e outros temas difíceis

Resumo: Alunos de ensino fundamental em escola de São Roque (SP) contam com o apoio de integrantes do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente para montar peças e levar debates à comunidade escolar.

Opinião do júri: O projeto se destaca pelo protagonismo estudantil e pela conexão com os interesses dos alunos, tornando a aprendizagem mais significativa. O uso do teatro como ferramenta pedagógica impulsiona novas iniciativas e diálogos dentro da escola, promovendo acolhimento e respeito às vivências dos estudantes. Mesmo no contraturno, a integração com o currículo reforça a relevância dos temas abordados. Além disso, sua capacidade de replicação em diferentes contextos evidencia seu impacto e potencial transformador.

Tecnologia 

Vencedora: Willmara Marques Monteiro
Escola Municipal Paulo Freire
Petrolina (PE)

Leia o relato: Projeto Hackers da Caatinga une matemática, tecnologia e defesa do meio ambiente

Resumo: Utilizando jogos independentes e abordando temas como diversidade, o projeto incentiva a profissionalização, fortalece a autoestima e gera oportunidades de renda, reduzindo a exclusão digital na periferia.

Opinião do júri: O uso criativo da tecnologia, integrando ferramentas digitais de forma inovadora para enriquecer a aprendizagem dos estudantes, é o grande destaque do projeto. Ao combinar matemática com discussões sobre a Caatinga, a atividade conecta os alunos com o currículo de forma contextualizada e dinâmica. Focado no contraturno, apoia estudantes com dificuldades em matemática, atendendo suas necessidades de forma eficaz. O impacto positivo é evidente, bem como o potencial de adaptação.

Educação financeira 

Vencedor: Sergio Castanheira de Freitas
Escola Municipal Maestro Pixinguinha
Rio de Janeiro (RJ)

Leia o relato: Música e cinema viram ferramentas para debate sobre educação financeira

Resumo: Professor de música do 9º ano integra matemática em suas aulas e explora, por meio da arte, a relação da sociedade com o dinheiro, promovendo uma abordagem interdisciplinar.

Opinião do júri: A interdisciplinaridade, com a integração de múltiplas linguagens como audiovisual, dança e rodas de conversa, além da colaboração com profissionais de diversas áreas, são pontos altos da iniciativa. A autonomia dos estudantes, que sugeriram ações e ganharam protagonismo, e a abordagem criativa da educação financeira, integrada à matemática e linguagens, merecem destaque. A qualidade da música e da gravação é muito boa, e a iniciativa se expande para diferentes espaços da escola. Com grande potencial de adaptação e inclusão, a proposta é inovadora e relevante para os anos finais da educação básica.

Educação antirracista 

Vencedor: Danilo Daniel dos Santos
EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Philó Gonçalves dos Santos
São Paulo (SP)

Leia o relato: Ao sair da sala de aula, projeto explica história do bairro e racismo ambiental a crianças

Resumo: Atividades e aulas compartilhadas em escola pública do bairro de Perus, em São Paulo, fortalecem a conexão da turma com a história do território e o meio ambiente.

Opinião do júri: O projeto aborda uma temática essencial, o reconhecimento do território educativo, estimulando o protagonismo e a sensibilização dos jovens. Ao explorar o racismo ambiental, tem grande potencial para incorporar a cultura maker, utilizando o reaproveitamento de materiais e buscando soluções para problemas locais. Ele vai além do material didático, trazendo um conhecimento de mundo relevante e conectando-se com a cultura do bairro e temáticas transversais. É uma proposta com grande potencial de adaptação e expansão, e deveria acontecer em todas as escolas. 

Metodologias ativas 

Vencedoras: Carolina Piccarone Ellmann e Malu Vieira 
Escola Lumiar Pinheiros
São Paulo (SP)

Leia o relato: Pesquisa de alunos sobre desaparecidos na ditadura resulta em documentário

Resumo: Professoras desenvolvem proposta pedagógica que resultou em documentário da turma do 8º ano sobre a importância da memória, da verdade e da justiça.

Opinião do júri: O projeto é notável pela sua abordagem criativa e interdisciplinar, utilizando metodologias ativas para envolver os estudantes de forma profunda no tema da ditadura militar e seus impactos. Ao integrar oficinas, produção audiovisual e mobilização de múltiplas linguagens, a proposta conecta passado, presente e futuro, promovendo uma educação cidadã e transformadora. A colaboração com organizações externas, como o Museu da Resistência, amplia a relevância do projeto. A utilização de recursos diversos e a abordagem do letramento midiático são pontos altos, tornando a iniciativa não apenas educativa, mas também impactante, com grande potencial de replicação em diferentes contextos.

Vencedora: Sonia Alexandre Ribeiro, com 34,25% dos votos
CEPI Francisco Maria Dantas
Goiânia (GO)

Leia o relato: Educação financeira: alunos simulam profissões e temas da cidade para gerenciar dinheiro

Resumo: Alunos do 6º e 7º ano do CEPI Francisco Maria Dantas, em Goiânia (GO), planejam a construção da cidade e assumem profissões da vida real para exercitar o gerenciamento financeiro. 

Opinião do júri: O projeto se destaca pela forma criativa e envolvente de integrar a educação financeira ao currículo, permitindo aos estudantes aprender de maneira leve e prática. A abordagem de estimular o erro respeita o processo de construção do conhecimento, essencial para o aprendizado. Com atividades criativas e variadas, mantém o engajamento dos alunos. Além disso, ultrapassa o uso do livro didático, demonstrando potencial de replicação em diferentes contextos, com materiais simples como um caderno. É uma abordagem relevante para levar a educação financeira às escolas.

A comissão julgadora da 2ª edição do Prêmio Professor Porvir, composta por professores e especialistas, é formada por:

  • Ana Paula Gaspar, especialista em tecnologias educacionais
  • Andrea Margit, vice-presidente da Ashoka América Latina
  • Cintia Rodrigues, cocriadora e presidente da ONG Quero na Escola! 
  • Débora Garofalo, professora, mestra em educação, gestora em inovação, integrante da comissão municipal de Direitos Humanos de São Paulo, embaixadora do Instituto Ayrton Senna e da Varkey Foundation. É colunista do Porvir
  • Gabriel Salgado, gerente da área de Educação e Culturas Infanto-Juvenis do Instituto Alana
  • Gina Vieira, professora e consultora educacional
  • Letícia Lyle, pedagoga, mestre em educação pela Columbia University (EUA), empreendedora e diretora da Camino School. É conselheira do Porvir
  • Luciano Meira, professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Head de Pedagogia na Proz Educação. É conselheiro do Porvir
  • Lucila Silva Almeida, pedagoga, escritora e formadora de professores
  • Marina Lopes, diretora editorial da Agência de Soluções Porvir
  • Marta Avancini, jornalista e editora pública na Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação)
  • Paulo Andrade, pesquisador e presidente do Instituto iungo
  • Vital Didonet, professor, mestre em educação e especialista em primeira infância e integrante da RNPI (Rede Nacional Primeira Infância) 
  • Equipe do Porvir

TAGS

educação antirracista, ensino fundamental, ensino médio, Prêmio Professor Porvir 2024, socioemocionais, tecnologia

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2 Comentários
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Larissa Moreira Alves

Todos mereciam esse prêmio, mas Sônia realmente mereceu!! Eu tenho inveja de quem estuda naquela escola, estar aprendendo sobre educação financeira desde cedo é importantíssimo! Os alunos que tenham aula com ela vão ser futuros milionários.

Rejanny Soares

Merecidis Sônia, projeto incrível! Todos os alunos deveriam ter a oportunidade de participar de um projeto assim

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