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4 motivos para ampliar a conversa sobre ciências e levar o STEAM para a sua escola

Mais do que integrar áreas do conhecimento, a abordagem STEAM estimula o protagonismo dos estudantes em projetos de transformação social

Parceria com Oi Futuro

por Marina Lopes ilustração relógio 27 de outubro de 2023

Os estudantes não aprendem ciências apenas para interpretar o mundo ao seu redor, mas também para transformá-lo a partir do conhecimento. Mas como ampliar essa conversa na escola de uma forma instigante, criativa e tecnológica? A abordagem STEAM pode ser um caminho para estimular o protagonismo de adolescentes e jovens em projetos que mobilizam conhecimentos científicos para intervir na sociedade. 

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Talvez você já tenha ouvido falar que a sigla STEAM é um acrônimo para ciência (Science), tecnologia (Technology), engenharia (Engineering) artes e linguagens (Arts and language) e matemática (Mathematics). No entanto, mais do que propor a integração entre diferentes áreas do conhecimento, o STEAM surge como uma resposta para reverter o quadro de desinteresse dos estudantes pelas ciências exatas. Não é à toa que educadores e sistemas de ensino em todo o mundo têm se esforçado para incorporar essa perspectiva em seus currículos. 

Abaixo, apresentamos quatro bons motivos para você levar o STEAM para a sua escola: 

1) Fortalecer o desenvolvimento de competências digitais 

Além de a cultura digital ser uma das dez competências gerais da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), ela já foi considerada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como uma das competências essenciais para o desenvolvimento ao longo da vida. Em 11 de janeiro de 2023, também foi instituída a Política Nacional de Educação Digital, por meio da lei 14.533, que traz medidas de estruturação e incentivo ao ensino de computação, programação e robótica nas escolas.

Ao trabalhar em projetos de STEAM, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver competências e usar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica e significativa. Eles são incentivados a avançar na alfabetização, letramento e fluência digital à medida que analisam dados para tomar decisões, desenvolvem consciência crítica e são capazes de solucionar problemas de forma lógica. 

2) Ampliar possibilidades para trabalhar projeto de vida com os estudantes

O STEAM permite que os estudantes tenham contato com as áreas de ciências, tecnologia, engenharia, matemática e artes de forma interdisciplinar, contextualizada e aplicada à sua realidade. Isso não apenas impulsiona aprendizagem, como também abre caminho para que eles enxerguem as carreiras da área como uma possibilidade tangível dentro dos seus projetos de vida. 

Fortalecer o STEAM na escola também é uma maneira de ampliar discussões sobre equidade e gênero. De acordo com a relatório “Uma equação desequilibrada: ampliar a participação nas STEAM na Latino-América e Caribe)“, produzido pela Unesco com apoio do British Council, a falta de conscientização sobre o potencial dos estudos STEAM, a ausência de pedagogia e de ferramentas, o sexismo na sociedade e a falta de modelos femininos são alguns fatores que impedem meninas e mulheres de seguirem carreiras na área. 

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3) Criar um ambiente de cooperação na escola 

A cooperação é tão importante para a vida em sociedade que ela também está presente entre as dez competências gerais da BNCC. Com o STEAM, existem diversas possibilidades para que os estudantes se organizem em equipes, exercitem o diálogo, dividam responsabilidades, valorizem a diversidade e partilhem saberes para atingir um objetivo comum. Isso não apenas prepara os adolescentes e jovens para cultivarem relações sociais saudáveis, como também exercer diferentes papéis no mundo do trabalho. 

A capacidade de trabalhar em equipe também está entre as competências mais requisitadas por organizações de todo o mundo. Na pesquisa “Habilidades 360º“, desenvolvida pela PageGroup com líderes empresariais de seis países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Peru, Colômbia e México), 46% dos entrevistados afirmaram que o trabalho em equipe é a soft skill (habilidade comportamental de difícil avaliação) mais valorizada entre os seus colaboradores, seguida por resolução de conflitos (29%) e comunicação assertiva (25%). 

4) Engajar os estudantes no aprendizado

De acordo com o estudo “STEM Clubs, making an impact“, produzido no Reino Unido, os estudantes têm maior prazer em aprender conteúdos que vão além do currículo. Na abordagem STEAM, eles são estimulados a experimentar diferentes metodologias ativas de aprendizagem, fazer perguntas, formular respostas, construir protótipos e projetos e interagir com a sua comunidade. 

Ao contrário de outros modelos educacionais, nos quais o professor faz a exposição do conteúdo, os estudantes se tornam protagonistas no STEAM. O educador, por sua vez, assume o papel de mediador da aprendizagem. Dessa forma, o processo se torna mais significativo, estimulante e engajador para adolescentes e jovens. 

Como levar o STEAM para a escola? 

Existem muitas maneiras de criar espaços e estratégias para a investigação das disciplinas STEAM na escola. Isso pode ser feito por meio de desafios, projetos ou até mesmo com a criação de clubes STEAM, onde professores e estudantes se encontram para desenvolver projetos de investigação. Além de integrar diferentes áreas do conhecimento, nesses espaços eles encontram formas práticas de aplicar os conceitos aprendidos em sala de aula. 

Como dar o primeiro passo para criar um clube STEAM? Na Plataforma Órbita, criada a partir da convergência de experiências do Oi Futuro e do British Council, uma série de cursos gratuitos ajudam professores a compreenderem o funcionamento de um clube STEAM, liderarem essa iniciativa na sua escola, criarem atividades engajadoras e avaliarem seus impactos e potencialidades.

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“Essa nova série de cursos oferecida na nossa plataforma dialoga com os desafios do nosso tempo e tem como objetivo impulsionar o potencial criativo de educadores e estudantes”, afirma Carla Uller, gerente executiva de Programas e Projetos do Instituto Oi Futuro. 


Os cursos fazem parte da “Trajetória Universo STEAM Club” e foram desenvolvidos pelo STEM Learning UK, organização do Reino Unido que atua nas áreas STEM para o protagonismo jovem e oportunidades educacionais. Para se adequar à realidade brasileira, eles foram adaptados e revisados British Council Brasil, incluindo práticas e objetivos alinhados à BNCC e à BNC Formação (Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica).

“O fomento à criação de STEM Clubs nas escolas britânicas foi uma política pública com resultados eficientes e inclusivos para aumentar o engajamento de estudantes em ciências e suas tecnologias e também matemática. Para o Brasil é um momento oportuno de adotar a metodologia dos STEM clubs tanto para lidar com os impactos da pandemia no engajamento dos estudantes, quanto o apetite para as matérias STEM, assim como desenvolver as competências ligadas ao pensamento computacional”, destaca Alessandra Moura, gerente sênior de programas de língua inglesa e educação básica do British Council. “Programar será mais uma língua franca indispensável para o mercado de trabalho no futuro próximo”, avalia.

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educação mão na massa, ensino fundamental, ensino médio, steam

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