Ferramentas digitais auxiliam o professor a ir além da videoconferência na aula online - PORVIR
Crédito: Olga Ignatova/iStockPhoto

Coronavírus

Ferramentas digitais auxiliam o professor a ir além da videoconferência na aula online

Veja como usar diferentes ferramentas a partir do Teams dependendo do tipo de atividade desejada para tornar suas aulas mais práticas e colaborativas

Parceria com Microsoft

por Thiago Varella ilustração relógio 19 de fevereiro de 2021

O professor liga a câmera, checa se seus alunos estão online e aparecendo no vídeo e, então, começa a expor o conteúdo diante da câmera. Essa é a rotina para milhares de professores Brasil afora desde o começo da pandemia de covid-19. Parece difícil fugir do modelo mais tradicional de lecionar a distância, mas a aula remota não precisa ficar restrita à videoconferência. Existem diversas maneiras de combinar metodologias ativas que aliadas a ferramentas tecnológicas podem auxiliar o professor a promover uma aprendizagem baseada em projetos com seus alunos, mesmo que cada um esteja em sua casa.

Para a gestão e o desenvolvimento de projetos com os alunos, a Microsoft conta com o Teams. A plataforma que unifica todo o sistema e possibilita videoconferências, armazenamento de arquivos e a integração entre todos os aplicativos da empresa como Word, Excel ou o Sway.

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“O Teams é o hub que integra as diversas ferramentas. No Teams, você sempre trabalha em equipe e consegue estruturar essas equipes. É possível, por exemplo, formar canais privados para cada equipe e deixar o professor ser o mediador. Também pode-se usar o Planner para demarcar cada fase do projeto e atribuir tarefas para cada um do grupo. Enfim, as possibilidades são imensas”, disse Fernando Puertas, especialista em educação da Microsoft.

Tela do Microsoft Planner com tarefas a serem cumpridasCrédito: Reprodução

Tela do Microsoft Planner com tarefas a serem cumpridas

Essa integração que o Teams faz com os diferentes aplicativos e ferramentas da Microsoft possibilita que um projeto com os alunos seja feito a distância com o mesmo nível de interação que teria em reuniões presenciais. Com a ferramenta Flipgrid, por exemplo, é possível fazer vários vídeos curtos que formam uma grande discussão entre os alunos.

Ou seja, além de deixar para trás o esquema de aula expositiva por vídeos, os alunos também conseguem usar ferramentas que vão muito além de editores de texto, como o Word. Além disso, o processo de avaliação por parte do professor também é facilitado quando se usa ferramentas que o Teams incorpora.

“Para a avaliação do processo, como o Teams tem a ferramenta do Insight, o professor consegue acompanhar todo o engajamento dos seus estudantes. É possível ter uma visão geral da participação de cada aluno e cada grupo”, disse Puertas.

Já na avaliação por pares, há algo interessante que pode ser feito. É possível dividir a turma de vários grupos. “O professor pode separar os alunos em pequenas salas e os próprios alunos são avaliadores”, explicou Puertas.

Crédito: Reprodução

A criação de grupos é uma das funcionalidades recém-adicionadas ao Teams

O professor Jorge Raniere é um entusiasta do uso da tecnologia para ir além das aulas expositivas. No Colégio Paraíso, em Juazeiro do Norte (CE), ele tem usado um modelo virtual híbrido em suas aulas. Para ele, no uso da tecnologia com os alunos, o ponto de partida é a colaboração.

A gente começa sempre conseguindo o engajamento dos alunos. A partir daí, evoluímos para a estruturação do conhecimento

“A gente começa sempre conseguindo o engajamento dos alunos. A partir daí, evoluímos para a estruturação do conhecimento. Os estudantes entre si podem construir algo sobre um determinado assunto ou uma temática e isso acaba gerando um novo conhecimento”, contou.

“Para pontuar o percurso, o terceiro ponto é o compartilhamento. E em um ambiente colaborativo, é mais fácil compartilhar o conhecimento tanto com a comunidade interna quanto com a externa”, completou.

Na prática, Raniere implantou projetos de iniciação científica já na educação básica e também projetos mão na massa, que foram até mesmo compartilhados em feiras científicas.

O professor conta que dentro da lógica da interdisciplinaridade, ele trabalha com a ideia de um projeto integrador com o suporte da tecnologia. Isso significa que, em vez de o professor de cada disciplina solicitar uma atividade isolada, esse projeto faz com que áreas do conhecimento conversem entre si.

“Aqui na nossa escola, a gente faz isso bimestralmente. Os alunos precisam entregar uma atividade em um projeto integrador. Um dos que mais fez sucesso foi sobre os rios de cada região, que misturou ciências, geografia, história e português e foi feito por alunos dos sextos e sétimos anos”, disse.

Durante o projeto, os estudantes usaram o Teams para as reuniões e apresentações. Além disso, fizeram o documento do projeto no Word, a apresentação no Power Point e ainda usaram o Excel para calcular o volume de água do rio apresentado.

A professora de inglês Mariana Bonotto, da rede pública municipal de São Caetano do Sul (SP), também usa a tecnologia em projetos com seus alunos. Ela também dá aula em uma escola de crianças surdas e desenvolveu uma maneira criativa para incentivar a leitura entre seus estudantes.

Ela subiu textos em inglês no OneNote e fez uma página para cada um dos seus alunos. Na plataforma digital, eles puderam escolher o que iam ler e compartilhavam o que aprendiam com os outros colegas.

“O bom do OneNote é o compartilhamento. Você consegue ver o que seu colega está vendo. Além disso, exigi que a apresentação fosse feita pelo Sway. Isso porque, além do trabalho em si, eu queria que eles aprendessem a usar uma ferramenta nova. Isso faz parte de um processo de letramento digital dos alunos”, afirmou.

Segundo Bonotto, um dos entraves para um uso maior de ferramentas digitais por parte dos professores é que muitos têm receio da demanda que vem depois. Na próxima semana, você vai descobrir como melhorar esse processo com a ajuda da tecnologia e liberar mais tempo para o que importa, acompanhar o aprendizado mais de perto, de forma presencial ou remota.

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aprendizagem baseada em projetos, ensino fundamental, ensino médio, tecnologia

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