Nova plataforma estimula compartilhamento de práticas pedagógicas sobre cidadania digital - PORVIR
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Inovações em Educação

Nova plataforma estimula compartilhamento de práticas pedagógicas sobre cidadania digital

Pilares do Futuro, da Educa Digital, traz experiências de professores da educação básica ao ensino superior. Participe da primeira chamada de projetos

por Redação ilustração relógio 11 de agosto de 2020

Para apoiar professores na criação de práticas pedagógicas que estimulem o uso responsável de tecnologias digitais, a organização sem fins lucrativos Educa Digital, com apoio da Unesco (Organização das Nações Unidas para educação e cultura) e o NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR), lançou a plataforma Pilares do Futuro.

Além de conhecer mais sobre temas como cyberbulling, proteção de dados, direito autoral, saúde emocional e física na internet, inteligência artificial, fake news, democracia, liberdade de expressão, dentre outros, educadores vão encontrar na plataforma referências sobre cursos e, com um cadastro simplificado, enviar ou acessar práticas já realizadas por outros professores.

“A cidadania digital é extremamente importante. A BNCC (Base Nacional Comum Curricular)  destaca isso quando fala de competências de cultura digital e comunicação“,  disse a coordenadora da Educa Digital, Débora Sebriam. “O objetivo é promover a conexão de professor para professor porque já existem inúmeras experiências acontecendo na educação pública e na privada”. Entre as iniciativas listadas no site estão atividades simples, como palestras e rodas de conversa, como também escolas que já estão montando pequenos currículos e tendo encontros periódicos. “Temos diversas ideias que podem fomentar projetos consistentes”.

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O nome Pilares do Futuro remete aos 4 pilares da educação lançados pela Unesco no final da década de 90, no chamado Relatório Delors: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Rebeca Otero, coordenadora da Unesco no Brasil, ressalta que a atual crise do coronavírus mostra que pensar a educação segundo as ideias trazidas pelo relatório ainda é um imperativo. “Essa crise que nós vivemos hoje traz impacto na educação, na economia e evidencia que nós precisamos trabalhar esses quatro pilares. A maioria dos nossos jovens ainda não sabe aprender. Agora também temos que aprender a conviver nesse novo normal dentro das escolas”, disse Rebeca.

Rosa Lamana, uma das idealizadoras da iniciativa, disse que a plataforma supre a necessidade de quem está em sala de aula, que pode usá-la em sua prática diária. “A gente tem muita teoria, mas não tem o como fazer isso em sala de aula. Reunimos especialistas para escrever um livro, mas logo vimos que era mais interessante ter uma plataforma em que educadores pudessem colaborar com as práticas e se retroalimentar”, disse a educadora e pesquisadora no tema de tecnologia e educação.

Kelli Angelini, gerente jurídica do NIC.br, parceiro no projeto lembra que a criação de uma plataforma como a Pilares do Futuro atende a um dos requisitos do Marco Civil da Internet, documento que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

Ela resgatou dados da pesquisa TIC Educação, referência na identificação de hábitos de professores e alunos na internet, para apontar que professores usam muitos materiais digitais em suas aulas, mas que ainda compartilham pouco. “Os educadores estão na linha de frente e servem como fonte para crianças e adolescentes. São eles que as crianças buscam para checar informação e, por isso, necessitam de formação. Para que as crianças façam bom uso da internet, precisamos então que os educadores estejam engajados”, disse Kelli.

Chamada de projetos
Se você tem uma ideia de prática educativa sobre cidadania digital que gostaria de ver implementada ou se já implementou alguma ou mesmo tem o hábito de trabalhar essa questão com seus estudantes, a plataforma Pilares do Futuro está com uma chamada aberta. São aceitos trabalhos para educação básica, ensino superior, a famílias ou para apoiar a formação de professores. Saiba mais detalhes.


TAGS

base nacional comum curricular, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, formação continuada, tecnologia

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