8 fatos que aprendemos em 2021 sobre tecnologia na educação
O que aconteceu este ano e que precisamos estar atentos para o ano que vem? Confira a nossa lista com oito fatos sobre a tecnologia
por Ruam Oliveira 3 de novembro de 2021
Estamos perto de terminar o ano. Com 2022 logo ali na esquina, dizer que a tecnologia impactou – e muito – a educação é quase um lugar comum. Já sabemos o quanto os efeitos causados pelos muitos arranjos e rearranjos usando recursos digitais de aprendizagem foram sentidos na educação. Mas, o que conseguimos aprender nesse período? Além de conectar professores e estudantes, a tecnologia também mudou processos e comportamentos dentro da escola.
Abaixo, listamos alguns desses novos processos que foram adotados por escolas em razão da pandemia.
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Apoio à autonomia
A tecnologia também trouxe um fato importante: colocar, de maneira mais ativa, os estudantes em um papel de protagonismo, dando mais autonomia para que possam desenvolver suas tarefas. O cenário de pandemia também trouxe à tona a maneira como o currículo pode se adaptar para proporcionar aos estudantes atividades mais práticas e mão na massa, que os encorajem a explorar cada vez mais. Afinal, levar a aula presencial puramente expositiva para o online e adotá-la como único recurso didático não deu certo. A tradicional transmissão de conteúdo que já não funcionava na escola ficou ainda mais difícil. Escondidos no mosaico da sala de aula virtual, estudantes foram se desinteressando e fechando as câmeras.
Aprendizagem híbrida
Nem tudo é lousa, nem tudo é computador ou internet. Com o ensino híbrido, a palavra de ordem passou a ser a flexibilidade e a reabertura da escola permitiu que a atividade presencial fosse complementada em projetos realizados de forma online, respeitando ritmos diferentes de aprendizagem. A escola ainda vai precisar explicar um pouco mais como funciona o ensino híbrido. Fazer as famílias entenderem como funcionam os recursos digitais continuará sendo um dos desafios e atividades de professores e professoras.
Atenção a aspectos socioemocionais
A falta de contato presencial somada a perdas e problemas financeiros colocou os estudantes diante de desafios inéditos. Após um longo período de isolamento social e sem apoio do professor, muitos não conseguiam criar uma rotina de estudos. Sem ter como conversar no corredor com um professor, para muitos, tirar dúvidas se tornou um obstáculo. Quando plataformas digitais entraram em cena, tanto no ambiente público quanto no privado, essa tarefa ficou mais fácil e passou a fazer parte da rotina.
Avaliação
Não esperar para avaliar apenas ao fim dos processos. Na verdade, a avaliação pode ser realizada durante as diferentes etapas de aprendizagem. Dessa forma, pode ser mais fácil entender onde cada estudante tem mais dificuldade ou facilidade, de que forma estão conseguindo aprender etc. Um dos aprendizados desse período de aulas remotas é garantir que a avaliação aconteça de forma organizada, contínua e reunindo o histórico de produção dos alunos, deixando como marca um portfólio que vai ajudar e muito o professor da próxima turma.
Colaboração
Trabalhar em grupo, mesmo que distantes fisicamente, segue sendo importante. As trocas e os aprendizados que os estudantes podem ter não apenas ouvindo passivamente uma aula, mas colocando em prática – seja em duplas, trios ou grupos – podem ser potencializados pelo uso da tecnologia até mesmo em um ambiente presencial. Se no começo tudo era uma videoaula, agora as principais plataformas já permitem uma separação da turma e um atendimento mais específico.
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Comunicação com a Família
Os familiares se tornaram cada vez mais presentes e ativos no acompanhamento dos estudantes ao longo do ano. Grande parte das famílias entendeu a importância da escola, a necessidade de ter um processo estruturado de educação e a própria presença necessária do corpo docente. Comunicar-se bem com as famílias é um papel que teve – e terá – ainda mais significado e importância para as escolas nos últimos anos e no período que ainda está por vir.
Papel da Liderança
Gestores educacionais precisam estar cada vez mais conectados com toda a comunidade escolar. Além de pensar no planejamento pedagógico, apoiar os docentes é fundamental, principalmente para discutir ideias e incentivá-los na formação e aperfeiçoamento. É momento para que a liderança traga tranquilidade para a equipe e seja mais participativa.
Personalização do Ensino
Também auxiliado pela tecnologia, a personalização do ensino ganhou mais espaço na discussão. Atividades mais específicas, que observem com atenção as diferenças entre as turmas – ou até mesmo em um nível mais individual – têm ganhado mais espaço nos últimos anos e deve seguir assim.
En 9 de novembro, o Porvir realizou, em parceria com a Sejunta Tecnologia, Apple Authorised Education Specialist, o webinário “TECNOLOGIA PARA APRENDIZAGEM – O que considerar no planejamento da escola em 2022”, que trouxe recomendações para lideranças escolares.
“Desenhamos este evento considerando todos os aprendizados que tivemos nos últimos dois anos e com todos os desafios e correções de rota que tivemos que fazer para continuar educando com qualidade. Neste evento, contaremos com duas das escolas mais inovadoras do país e também com a presença da Lilian Bacich, que discutirão estas mudanças do cenário e também do planejamento para 2022. Eu entendo que este evento é um divisor de águas para as escolas que estão querendo acertar em 2022 e queremos fazer parte disso!”, afirma Guilherme Camargo, CEO da Sejunta.