Dia da Escola: 7 dicas para começar a reimaginar a aprendizagem

Neste Dia da Escola, 15 de março, o Porvir apresenta uma lista de características essenciais para uma escola que deseja se conectar com seus estudantes e oferecer uma educação significativa. 

Como seria a escola ideal para os alunos do presente e do futuro? Quais são os temas fundamentais a serem abordados e quais comportamentos deve incentivar? Descubra a resposta para essas e outras perguntas na lista abaixo. Além de uma breve explicação dos conceitos, você encontrará links úteis para dar os primeiros passos. 

Tem a educação antirracista como prioridade

Sua escola precisa discutir e implementar práticas antirracistas. Ainda tem dúvida? Apenas 1 em cada 10 estudantes de escolas privadas na cidade de São Paulo é negro. Entre os jovens brasileiros entre 14 e 29 anos que não completaram a educação básica, 71,7% são pretos ou pardos. O analfabetismo é quase três vezes maior entre pessoas negras acima de 15 anos (8,9%) em comparação com os brancos (3,6%). 

Mesmo diante desse cenário, um quarto das escolas públicas não aborda questões sobre o racismo em suas atividades. Conhecer as contribuições da cultura negra para o Brasil e para o mundo permite não apenas o combate de qualquer expressão de racismo na escola, como também a valorização da identidade e o sentimento de pertencimento dos alunos.

Baixe agora o Jogo da Lei 10.639 que ajuda educadores a promoverem uma educação antirracista e o Infográfico dos 20 anos da Lei 10.639.

Trabalha com metodologias ativas

Aulas expositivas são importantes, mas não podem ser o único item na caixa de ferramentas dos professores. Para desenvolver autonomia, protagonismo e criar momentos que supreendem e engajam estudantes, educadores precisam estar por dentro do que são e de como aplicar em suas aulas as chamadas metodologias ativas. 

Com esse tipo de abordagem, estudantes têm a chance de se apropriar do conhecimento, trabalhar em grupo ao desenvolver projetos, criar caminhos e soluções interessantes para um desafio. Tudo isso contribui para que tenham postura ativa no seu aprender.

Quer saber como começar o trabalho com metodologias ativas? Conheça o guia Educação Mão na Massa. 

Está aberta à comunidade

Estudantes não aprendem só dentro da sala de aula. Cidades, parques, ruas, praças, museus, bibliotecas, rios, clubes, plantações, centros culturais, comércios e associações comunitárias também podem ser espaços educativos. Como já diz o provérbio africano: “É preciso uma aldeia inteira para se educar uma criança”. 

Em outras palavras, diferentes espaços e pessoas são responsáveis pela educação, incluindo professores, famílias, gestores públicos e a sociedade como um todo.

Saiba mais com o guia Educação Integral no Território e no relato da professora indígena Eliane Boroponepa. 

Vive uma cultura de participação de estudantes

As escolas no Brasil têm problemas crônicos, que comprometem a qualidade e a equidade da educação pública, além de manter práticas antigas e desconectadas das demandas dos alunos e do mundo contemporâneo. Ainda não sabemos como solucionar esses grandes dilemas, mas uma coisa é certa: teremos dificuldade de avançar sem envolver os alunos nesse processo.

Até que todos sejam beneficiados por uma cultura participativa e democrática, gestores e professores devem estar abertos a compartilhar informações e poder. Diálogo, entendimento e cooperação são palavras-chave para qualificar o processo, que deve buscar equilibrar as responsabilidades que serão sempre dos educadores com as contribuições que podem vir dos alunos.

Saiba como iniciar este processo em sua escola e conheça casos de sucesso no guia Participação dos Estudantes na Escola.

Cuida do lado emocional

A escola não pode se limitar a apresentar conteúdos acadêmicos. Ela também deve ser um espaço para desenvolver habilidades, atitudes e competências para enfrentar os desafios atuais e futuros. 

Perseverar, trabalhar em equipe, agir com responsabilidade, pensar de maneira criativa, cuidar de si e lidar com as emoções são alguns exemplos de aprendizados importantes para a vida. 

Ao apoiar com que estudantes entendam suas emoções e seu reflexo na aprendizagem, especialistas também apontam que esta é uma abordagem importante para combater o abandono escolar. 

Aqui você encontra recomendações de como dar os primeiros passos, incluir professores e avaliar.

Desenvolve o empreendedorismo social

Em uma sociedade desigual e com problemas socioambientais agravados pela pandemia de Covid-19, o empreendedorismo social pode ajudar a educação a promover projetos que incentivem os estudantes a gerar impactos positivos e atuar como protagonistas em transformações de suas comunidades.

Com o empreendedorismo social, os estudantes podem desenvolver habilidades como altruísmo, empatia e resolução de problemas, conectando a escola com a comunidade e possibilitando uma educação mais prática, em que todos enxergam um propósito.

Conectar o empreendedorismo social e a educação é uma proposta que exige novos papéis, tempos, espaços, saberes e vivências. Saiba mais no guia Empreendedorismo Social

Integra a tecnologia à aprendizagem

A educação precisa estar conectada com as transformações tecnológicas e os interesses dos estudantes. As novas ferramentas aproximam as escolas do universo da Geração Z. Em ambientes com infraestrutura adequada e professores bem formados, recursos digitais apoiam a equidade e a qualidade na educação.

Com professores aptos a explorar todo o seu potencial, é possível encontrar maneiras de aprender em qualquer lugar, respeitando os tempos, interesses e necessidades dos estudantes. Também é possível promover atividades interativas e divertidas. 

Saiba como fazer um bom uso da tecnologia em nossos guias: Tecnologia na Educação, Educação Mão na Massa e Empreendedorismo Social.

Fotos: DepositPhotos

---