10 maneiras para inovar na volta às aulas - PORVIR
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Como Inovar

10 maneiras para inovar na volta às aulas

Porvir reuniu dicas a partir de experiências relatadas por professores no Diário de Inovações que podem inspirar mudanças em outras salas de aula este ano

por Marina Lopes / Maria Victória Oliveira ilustração relógio 15 de fevereiro de 2016

O período de volta às aulas pode ser uma boa oportunidade para rever práticas e adotar novas estratégias pedagógicas. Sabe aquele conteúdo que os seus alunos têm dificuldade em aprender ou até mesmo desinteresse? É possível usar novas metodologias ou ferramentas tecnológicas para torná-lo mais atrativo e divertido. A partir de experiências compartilhadas por professores de várias regiões do país na seção Diário de Inovações, o Porvir reuniu dicas para quem quer inovar neste ano letivo. São experiências que já estão sendo colocadas em prática com bons resultados e podem inspirar mudanças em outras salas de aula.

As ideias envolvem jogos, dispositivos móveis, redes sociais e outras estratégias que podem ser aplicadas em diferentes disciplinas e etapas de ensino. Confira a lista:

1- Adote novas metodologias

Experimentar novas metodologias pode ser um bom caminho para quem pretende inovar. A professora Jorgelina Tallei, da UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), em Foz do Iguaçu (PR), apostou na metodologia da sala de aula invertida para manter os alunos motivados na disciplina de Espanhol. Enquanto eles estudavam os conteúdos em casa, por meio de vídeos publicados no YouTube, o tempo da aula era aproveitado para incentivar a interação e fazer pesquisas. Já o professor José Moran, um dos fundadores da Escola do Futuro, descobriu o ensino híbrido há mais de 25 anos, combinando o aprendizado online e offline com as suas turmas de pós-graduação na USP (Universidade de São Paulo).

2- Explore novos espaços

novos espaços

O aprendizado não precisa ficar restrito ao ambiente da sala de aula. Em Salvador (BA), para fazer uma pesquisa sobre o que os moradores achavam da escola e quais atividades gostariam de encontrar lá, o professor Luiz André Degaut levou os alunos para os becos e vielas do bairro Santa Cruz. Já a professora Alessandra Calegaris Marins de Paulo, da capital paulista, teve a ideia de fazer uma intervenção urbana com alunos do ensino fundamental, pintando monstros divertidos em buracos nas calçadas. E para trabalhar questões étnico raciais e fortalecer a identidade dos alunos, o professor Leno Vidal propôs a redescoberta de uma comunidade indígena em São Paulo.

3- Trabalhe com as redes sociais

redes sociais

Hoje em dia, é quase impossível encontrar alguém que não faça parte de alguma rede social. Por isso, é importante que os professores saibam utilizar essas ferramentas a seu favor. A professora Mariana Araguaia, de Senador Canedo (GO),  melhorou a percepção que seus alunos tinham sobre alimentação propondo atividades em um grupo do Facebook. Já Debora Machry usou o WhatsApp para incentivar a leitura sobre ciências em São Leopoldo (RS). Pedro Satiro, por sua vez, aproveitou uma discussão entre alunas na internet para trabalhar questões como cyberbullying e os perigos das redes sociais, em São Paulo (SP).

4- Use exemplos do dia a dia

dia a dia

É muito importante que os alunos consigam aplicar aquilo que aprendem em sala de aula. Por isso, usar exemplos do dia a dia pode ressignificar a aprendizagem. Para explicar conceitos como movimento e velocidade média, o professor Eduardo Nagao, de Londrina (PR), levou seus alunos ao boliche. Já a professora Ana Angélica Santos, de Diamantina (MG), colocou a mão na massa com os alunos e assou uma pizza para explicar frações. Por sua vez, o professor Ivan Matta, de Goiânia (GO), trabalhou as leis de Newton a partir das regras de trânsito, como o uso do cinto de segurança.

5- Aposte nos dispositivos móveis

dispositivos móveis

Com dispositivos móveis é possível desenvolver projetos criativos e divertidos. A professora Luciana Taegtow, de Novo Hamburgo (RS), fez um trabalho sobre selfie em que os alunos fizeram autorretratos e criaram um livro digital. Em Picos (PI), a professora Andréia Vitorino Marcos espalhou QR Codes pela escola para estimular a leitura de poesia. Para ensinar sobre o continente europeu, a professora de geografia Josi Zanette do Canto desenvolveu um aplicativo com a sua turma do nono ano em Araranguá (SC).

6- Transforme os alunos em autores

alunos autores

Projetos que incentivam o protagonismo dos alunos também trazem bons resultados. A professora Gislaine Munhoz, de São Paulo (SP), incentivou sua turma a criar jogos com o Scratch. Já os professores Michael Fernandes e Ana Paula Maia Silva desenvolveram um projeto de educomunicação e transformaram os alunos em repórteres, editando materiais em áudio, vídeo e impresso para divulgar nas redes sociais da escola da rede municipal de São Paulo. E para transformar, literalmente, alunos em autores, o professor Luis Junqueira apoiou adolescentes para escreverem o seu primeiro livro na Fundação Casa, também em São Paulo.

7- Invista no teatro e em filmes

teatro e cinema

O uso de teatro como ferramenta de ensino faz com que os alunos fiquem mais envolvidos e motivados. No Espírito Santo, a professora Stéphani Bertulani usou a encenação para explicar a evolução tecnológica. Já em uma zona rural de São Luís (MA), sob o comando da professora Ana Jakelline Silva, os estudantes desenvolveram uma peça teatral para sensibilizar a comunidade quanto a práticas sustentáveis. Filmes também têm um forte apelo entre crianças e jovens e, aproveitando-se disso, a professora Rosângela Queiroz, da capital paulista,  desenvolveu um projeto a partir da animação brasileira “O Menino e o Mundo”, que foi indicada ao Oscar.

8- Trabalhe questões sociais e de diversidade de forma criativa

questões sociais

Como trazer discussões sociais e relativas à diversidade para a sala de aula? Fazendo um paralelo entre realidade e ficção, o professor José Souza dos Santos apresentou obras sobre retirantes aos seus alunos do interior da Bahia. Marlúcia da Silva montou um julgamento com a sua turma, em Marataízes (ES), para analisar as letras de músicas do funk. Gina Vieira, de Brasília, driblou a resistência a trabalhar questões de gênero na escola e criou um projeto que conta história de mulheres inspiradoras. E o professor Isaias dos Santos usou o universo digital para publicar livros digitais de seus alunos sobre personagens negros na literatura em Campo Bom (RS).

9- Promova a empatia

identificação

Estimular que alunos se coloquem no lugar do outro e conheçam diferentes realidades ajuda na formação socioemocional dos estudantes. Nas aulas de Educação Física, de Campo Grande (MS), o professor Tiago Tristão propõe atividades alternativas para que as diferentes personalidades dos alunos possibilitem novas vivências. A professora Maria Verúcia, por sua vez, incentivou que seus alunos de Brasília trocassem experiências culturais com estudantes de Cabo Verde por meio de cartas.

10 – Use jogos como aliados

games

Por fazerem parte do universo de crianças e jovens, os games podem ser utilizados facilmente como ferramenta de promoção da aprendizagem. A professora Marili Bassini, Americana (SP), usou videogames para ensinar sobre períodos históricos. Já nas aulas de artes em São Paulo (SP), a professora Sabrina Quarentani usou o Minecraft para apresentar o Impressionismo a seus alunos. No ensino técnico em Ivinhema (MS), o professor Alex Rodrigues Machado criou um jogo de tabuleiro para ensinar o funcionamento de uma indústria de açúcar e álcool.

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Também tem uma boa ideia para compartilhar? Envie o seu relato para a seção Diário de Inovações e conte como você está inovando na sua sala de aula.


TAGS

autonomia, dispositivos móveis, diversidade, educação mão na massa, educomunicação, ensino híbrido, gênero, jogos, novos espaços, redes sociais, sala de aula invertida, socioemocionais

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