Propostas para o uso da tecnologia na educação
O uso de tecnologia na educação foi um dos temas debatidos no encontro promovido pelo Inspirare e pelo Porvir com o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante
por Redação 18 de junho de 2012
O uso de tecnologia na educação foi um dos temas debatidos no encontro promovido pelo Inspirare e pelo Porvir entre o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e um grupo de cerca de 40 representantes de diferentes setores da sociedade civil.
Escolhemos esse assunto para começar a compartilhar o que foi discutido no evento, as propostas que surgiram e o que o Porvir já tem mapeado sobre o tema. Comente e envie suas propostas para que suas ideias também possam inspirar o Ministro da Educação e muitas outras pessoas capazes de contribuir para transformar a realidade da educação no nosso país.
O que disse o Ministro:
Ação: O MEC comprou 600 mil tablets, a serem enviados, inicialmente, para todos os professores das escolas públicas de ensino médio do país. A ideia é permitir que os docentes tenham mais acesso a fontes variadas de informação e a recursos pedagógicos como livros didáticos em PDF, programas de aula, videoaulas, jogos educativos, entre outros. Os tablets estarão conectados às lousas digitais que o Ministério já distribuiu. Os professores serão assessorados por 60 mil jovens familiarizados com o uso de tecnologias.
Razão: O Ministro lembra que o Brasil é o terceiro país onde mais se vende computador, e a escola precisa acompanhar esse processo. A opção pela tecnologia não substitui o professor, mas pode e deve ser utilizada como uma ferramenta importante, especialmente quando o desafio é promover um ensino médio mais atraente, que faça sentido para os jovens brasileiros. Os tablets custam menos que uma assinatura de jornal – R$ 240 (7 polegadas) e R$ 400 (10 polegadas).
As propostas dos participantes:
Tínhamos que trabalhar com blended learning no ensino médio, que precisa ter seu currículo editado, está grande demais. Uma das formas de se fazer isso é ver o aluno como cliente, selecionando itens realmente fundamentais e produzindo conteúdos e textos para que ele tenha proficiência no que realmente importa. Aplicar a expertise de comunicação e entretenimento na educação. Trabalhar com foco no aluno, que vai escolher o vídeo com que quer aprender equação, por exemplo.
Sérgio Pompeu, editor de educação do Estado de S. Paulo
É preciso aproveitar a onda de tecnologia em sala de aula para utilizá-la de maneira relevante, dando foco no professor e ajudando a maximizar o aprendizado de cada aluno. Usar metodologias pedagógicas que estão surgindo, como o blended learning, para permitir que o professor tenha os recursos tecnológicos para individualizar o aprendizado do aluno.
Thiago Feijão, cofundador do QMágico
A sugestão é buscar o combinado entre tecnologias inovadoras e pedagogias inovadoras para acelerar o aprendizado, porque só tecnologia com pedagogia tradicional não é eficiente. O universo da inovação aberta tem crescido. Uma sugestão é aproveitar movimentos colaborativos e participativos para melhorar a educação, já que a tecnologia conecta todo o mundo.
Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica/Vivo
O ensino de ciências deve despertar vocações. Uma fração grande dos jovens tem resistência ao pensamento científico, mas tal sentimento pode ser revertido em escolas onde há um ambiente propício e estimulante. Por isso, uma iniciativa importante é o oferecimento de materiais on-line voltados a estimular o interesse pela ciência.
Vera Solferini, coordenadora associada do Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais da Unicamp
O ensino deve ser adaptativo, customizado, porque duas pessoas não aprendem da mesma forma. Deve-se aproveitar que a tecnologia é atrativa ao jovem por falar a sua linguagem para se usar formatos que permitam o acompanhamento da evolução da aprendizagem.
Eduardo Bontempo, cofundador da Geekie
A tecnologia deve ser usada para entender as dificuldades de cada aluno, fazer o diagnóstico e oferecer um conteúdo que se adapte melhor a cada um deles. Saber onde estão as dificuldades dos alunos, personalizar a capacitação dos professores, ter um diagnóstico em tempo real e oferecer soluções customizadas. Uma boa opção é usar ferramentas como Facebook, Twitter e games.
Cláudio Sassaki, cofundador da Geekie
Estados e prefeituras elaboram materiais de boa qualidade, mas que acabam circunscritos ao seu território. Uma iniciativa útil seria fazer convênios para que todo o material produzido ficasse disponível em um portal. A Educopédia, do Rio, poderia ser disponibilizada para o país inteiro.
Jair Ribeiro, fundador da Parceiros da Educação
A mídia não cobre educação como um processo, mas como eventos separados. Seria ótimo se houvesse um canal que chegasse aos prefeitos, uma agência que reunisse as notícias.
Gilberto Dimenstein, jornalista
A proposta é usar recursos da tecnologia, como tablets e redes de internet sem fio, dentro de um contexto de parceria público-privada. Para o governo, é difícil prover a infraestrutura e manter os equipamentos disponíveis e funcionando.
Mauro Aguiar, diretor do Colégio Bandeirantes
O que o Porvir já produziu sobre o tema:
Leia algumas das matérias sobre os temas levantados no encontro e que podem ajudar a entender melhor novos conceitos e projetos que estão surgindo no cenário nacional e internacional para o uso de tecnologia na educação.
Blended Learning
Teste adaptativo
Ensino adaptativo
Universidade on-line – Minerva
Videoaulas – Matemática
Videoaulas – Enem
Videoaulas – MIT e Khan Academy
Cursos on-line – Harvard e MIT
Cursos on-line – Coursera
Recursos Educacionais Abertos
Avaliação do uso de TIC